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Adriana Viapiana Bossa - ABRABIO 09/12/2025 | 17/12/2025 - 17:30
Por que Biomagnetistas precisam se unir: identidade, voz e construção histórica
A expansão das Práticas Integrativas e Complementares Magnéticas (PICMAGs)

No Brasil trouxe um crescimento singular principalmente do biomagnetismo como abordagem terapêutica complementar, emocional e preventiva. Clínicas, consultórios, programas corporativos, pesquisas, supervisão clínica, formações técnicas e projetos sociais ampliaram rapidamente a visibilidade da área.

Mas com o amadurecimento, surgiram perguntas essenciais:
 • Quem somos como categoria profissional?
 • Como nos posicionamos juridicamente e eticamente perante a sociedade?
 • Como protegemos a identidade técnica das diferentes PICMAGs já que o próprio biomagnetismo tem diferentes metodologias?
 • Como evitamos apropriações, distorções e improvisações?
 • Como fortalecemos a regulamentação e o reconhecimento público?

As respostas a essas perguntas não surgem individualmente, e sim a partir de uma construção coletiva, organizada, ética e institucional.
Por isso, unir biomagnetistas não é um capricho — é uma necessidade histórica, técnica e jurídica.

Identidade profissional: a base de tudo

Um dos maiores desafios das terapias integrativas no Brasil é a ausência de identidade profissional e metodológica das diferentes práticas de forma clara e compartilhada. Quando cada praticante se comunica de forma individualizada, sem padronização terminológica, documental e ética, surgem três riscos imediatos:
 1. confusão do público,
 2. vulnerabilidade jurídica,
 3. fragilidade institucional.

Unir biomagnetistas significa unificar linguagem, postura, ética, limites técnicos, documentação e comunicação responsável. Essa identidade coletiva:
 • facilita o diálogo com instituições públicas e privadas;
 • protege a área de interpretações equivocadas;
 • fortalece a credibilidade perante outras profissões da saúde;
 • garante padrões consistentes de atuação clínica.

Profissões maduras sempre têm identidade, padronização, corpo técnico, representatividade e supervisão. Sem isso, conhecimento fragmentado corre o risco de ser visto como improvisado, amador ou instável.

Voz pública: reconhecimento exige volume, não isolamentos

Nenhuma categoria profissional conquista espaço institucionalizando-se de forma isolada. Reconhecimento público depende de voz coletiva, não de talento individual.

Em qualquer país, para que terapias inovadoras avancem em:
 • regulamentação,
 • participação em debates públicos,
 • integração com políticas de saúde,
 • acesso institucional a espaços corporativos,
 • diálogo com conselhos, universidades e prefeituras,

é preciso que a área tenha entidades legitimadas, não indivíduos isolados.

Mesmo que existam profissionais brilhantes, sem união e sem representatividade oficial:
 • não há quem dialogue com o Estado,
 • não há quem responda por condutas coletivas,
 • não há quem defenda a legitimidade técnica,
 • não há quem organize pesquisa, diretrizes e normativas clínicas,
 • não há quem sustente juridicamente práticas inovadoras.

PICMAG como o biomagnetismo não podem se tornar reféns de carisma individual.
Elas precisam ser reconhecidas como campo profissional estável, organizado e responsável.

Construção histórica: legado não acontece por acidente

Toda profissão tem uma história, uma genealogia e uma trajetória institucional. O biomagnetismo nasceu de forma inovadora, com teorias, protocolos e observações clínicas que hoje movimentam uma geração inteira de terapeutas no Brasil.

Mas sem memória, sem organização documental, sem padronização e sem registro histórico, o conhecimento corre risco de:
 • ser distorcido,
 • ser apropriado por outras áreas,
 • ser esvaziado em discursos comerciais,
 • ser diluído em práticas sem rigor técnico,
 • perder credibilidade perante a ciência.

A construção histórica é tão importante quanto a prática clínica.
Quando profissionais se unem, é possível:
 • documentar casos,
 • criar pesquisas,
 • registrar protocolos,
 • sistematizar diretrizes,
 • publicar artigos,
 • formar corpo técnico confiável,
 • garantir supervisão e ética profissional.

Sem união, o conhecimento fica disperso.
Com união, o conhecimento se transforma em campo institucional.

O risco da fragmentação: o ponto mais delicado

Em qualquer área terapêutica — e especialmente nas não regulamentadas — o maior risco não é a falta de reconhecimento.
O maior risco é a fragmentação, porque ela:
 • diminui credibilidade pública,
 • enfraquece supervisão técnica,
 • estimula práticas improvisadas,
 • desestrutura a identidade profissional,
 • facilita litígios ou interpretações legais desfavoráveis.

Quando cada profissional se posiciona sozinho, a sociedade não enxerga uma profissão — enxerga manifestações individuais.
Isso coloca as PICMAGs em uma posição vulnerável, tanto cultural quanto institucional.

Unir biomagnetistas significa reduzir o improviso e elevar a responsabilidade coletiva.

Institucionalização científica: o próximo passo

Nenhuma profissão integrativa é legitimada apenas pela eficácia clínica percebida.
Ela é legitimada quando:
 • cria corpo documental,
 • publica dados,
 • organiza metodologias,
 • padroniza terminologias,
 • estabelece diretrizes éticas,
 • produz ensino continuado supervisionado,
 • registra produção científica verificável,
 • documenta casos e efeitos complementares.

Sem essas frentes, nenhuma profissão chega à maturidade institucional.

Esse é o papel central da ABRABIO:
ser a guarda documental, ética, técnica e estratégica das PICMAG, articulando:
 • educação,
 • ciência,
 • representatividade,
 • responsabilidade pública,
 • supervisão clínica,
 • comunicação institucional,
 • e defesa jurídica da categoria.

Indivíduos isolados não conseguem fazer isso — porque isso exige legitimidade, estrutura, debate formal, governança profissional, assembleias, regimento interno, estatuto e mecanismos de deliberação.

Solidariedade profissional: a maturidade da categoria

A união não é somente um mecanismo político ou jurídico.
É também um ato de responsabilidade emocional entre terapeutas

Biomagnetistas compartilham:
 • a carga emocional do cuidado,
 • o desafio de atender famílias vulneráveis,
 • a responsabilidade de dialogar eticamente com pacientes graves,
 • a necessidade de documentação,
 • e a supervisão técnica quando casos extrapolam limites individuais.

A educação continuada através de congressos, simpósios palestras,documentários, assembleias, grupos clínicos, estudos de caso e a supervisão coletiva não são burocracia — são maturidade profissional e emocional.

Profissões que atuam com sofrimento humano precisam trabalhar em rede, não em isolamento.


O futuro: regulamentação, ciência aplicada e diálogo institucional

Para que as PICMAG avancem em reconhecimento:
 • no SUS,
 • nas empresas,
 • em programas de saúde ocupacional,
 • em instituições integrativas,
 • em políticas públicas,
 • e em normativas técnicas,

é indispensável que exista:
 • identidade já consolidada,
 • assinatura institucional,
 • ética padronizada,
 • produção científica organizada,
 • educação continuada unificada,
 • linguagem regulatória clara,
 • e representação oficial de classe.

Não existe regulamentação sem organização profissional.
E não existe organização sem união.

O reconhecimento futuro não será construído por disputas individuais, mas pela coerência histórica, pela governança profissional e pela responsabilidade coletiva.

Conclusão

Biomagnetistas precisam se unir por três razões fundamentais:
 1. identidade profissional clara,
 2. voz pública legítima,
 3. construção histórica documentada.

Esses pilares:
 • protegem o paciente,
 • fortalecem o profissional,
 • credibilizam a área,
 • viabilizam regulamentação futura,
 • evitam distorções e improvisos,
 • e posicionam o biomagnetismo como campo ético, técnico, integrativo e institucional.

A união não apenas fortalece a profissão.
Ela protege o legado das PICMAG, garante continuidade segura das práticas terapêuticas e cria condições para que a próxima geração exerça uma profissão respeitada, madura e representativa.

E isso é histórico.

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